1. Psicólogo Comunitário.
A Psicologia Comunitária teve sua origem nos movimentos sociais comunitários (sobretudo no de saúde mental) de distintos países da América e Europa. Na Europa, o nascimento da psicologia Comunitária teve a mesma origem que a dos Estados Unidos, mas com certas variantes próprias, decorrentes da influência do Estado do Bem-Estar (GÓIS, 2005).
Na América Latina, a expressão “Psicologia Comunitária” passou a ser utilizada a partir de 1975, com o objetivo de se fazer uma nova Psicologia Social, a partir da preocupação de alguns psicólogos de distintos países latino-americanos com os escassos resultados sociais da Psicologia Social tradicional e por haver uma grande necessidade de superar os graves problemas sócio-econômicos que ainda hoje afetam a região (GÓIS, 2005).
E é Góis (1990) quem melhor define esta prática: “Fazer psicologia comunitária é estudar as condições (internas e externas) ao homem que o impedem de ser sujeito e as condições que o fazem sujeito numa comunidade, ao mesmo tempo que, no ato de compreender, trabalhar com esse homem a partir dessas condições, na construção de sua personalidade, de sua individualidade crítica, da consciência de si (identidade) e de uma nova realidade social”.
Quando se foi delineada uma nova visão histórica da psicologia comunitária no Brasil, foi possível observar que os grupos, seja como recurso da pesquisa participante, seja como referência teórica, são os espaços privilegiados para uma análise teórico-prática dos avanços das consciências individuais envolvidas no processo (LANE, 1996).
, ele auxilia a Comunidade a identificar seus problemas e solucioná-los, por isso o trabalho em grupo.
A caracterização da Psicologia Comunitária, segundo Freitas (1996), constitui-se na realidade, como práticas ou intervenções inovadoras, criativas e revolucionárias, e não apenas um deslocamento do lugar em que se estabelece a relação da psicologia com setores populares. Para alguns a concepção de psicologia comunitária está relacionada apenas em bairros de periferia, favelas, cortiços ou, de certa forma, lugares que na sociedade se encontram uma desigualdade com baixas condições de moradia e desamparo social.
O trabalho em Comunidades é bastante complexo, o psicólogo que deseja trabalhar nesse campo enfrentará alguns desafios, dentre estes, necessita se “despir” do pensamento que já sabe tudo. A Comunidade já possui um saber próprio, que não é necessariamente um saber científico, contudo não deixa de ser um saber. E é a partir desse “saber comunitário” que as intervenções se iniciam. O psicólogo não fica em uma posição de ajudador da Comunidade, pelo contrário
De acordo com Angela Caniato, o psicólogo esbarra nos limites teóricos e técnicos de sua formação na universidade, que não lhe permite responder às demandas de atendimento psicossocialmente colocadas pelas populações. O cidadão desaparece sob o indivíduo doente que procura o psicólogo para se tratar (LANE, 1996).
Com base no desenvolvimento histórico da Psicologia Comunitária no Brasil e remetendo-se às situações atuais, pode-se ter o pretexto de se mensurar os desafios os quais devem ser enfrentados, tendo a profissão o respeito e compromisso com o desenvolvimento na elaboração de conhecimento, para assim favorecer a comunidade em seu tempo.
2. Desenvolvimento da Psicologia Comunitária no Brasil
Fonte: https://psicologado.com/atuacao/psicologia-comunitaria/psicologia-comunitaria-no-brasil-desenvolvimento-e-desafios © Psicologado.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário